Telescópio no Chile registra galáxias, nebulosas e mais de 2 mil asteroides desconhecidos em apenas 10 horas de teste
A ciência deu um passo gigantesco com a divulgação das primeiras imagens captadas pela maior câmera do universo. Localizado no norte do Chile, o Observatório Vera C. Rubin revelou registros deslumbrantes do cosmos feitos durante os testes iniciais de seu supertelescópio de 3,2 bilhões de pixels.
Instalado em um prédio de 18 andares, o observatório é o lar da maior câmera digital já construída. Com impressionantes 3 toneladas, esse equipamento foi desenvolvido para o ambicioso projeto Legacy Survey of Space and Time (LSST), que vai mapear o céu do hemisfério sul ao longo de uma década. O Brasil participa ativamente dessa missão global, que reúne 28 países.
Um olhar profundo para o universo com tecnologia sem precedentes
Mesmo em fase de testes, os resultados são impressionantes: em apenas 10 horas de observação, o telescópio identificou 2.104 asteroides nunca antes detectados no sistema solar. Quando estiver em operação total, o observatório vai capturar imagens do céu a cada 30 segundos e produzir 15 terabytes de dados por noite – o equivalente a um verdadeiro filme astronômico do universo em transformação.
Durante o projeto, cada região do céu será fotografada 800 vezes em 10 anos, permitindo análises comparativas e o monitoramento de mudanças espaciais com uma precisão inédita.
Nebulosas, galáxias e o mistério da matéria escura
Entre as imagens divulgadas, está um registro espetacular do Aglomerado de Virgem, que reúne cerca de 1.500 galáxias. Essa região foi essencial para a descoberta da matéria escura, feita pelo astrônomo Fritz Zwicky nos anos 1930. O novo levantamento do LSST pretende ir além, aprofundando os estudos sobre energia escura e outras forças invisíveis que moldam o universo.
Outro destaque é uma imagem que une 678 registros diferentes captados durante sete horas de observação. A foto mostra a Nebulosa Laguna, localizada na constelação de Sagitário, e a Nebulosa Trífida, em altíssima resolução. Para visualizar uma imagem dessas em tamanho real, seriam necessárias 400 TVs Ultra HD!
Uma década para revolucionar a astronomia
Os cientistas estimam que o supertelescópio do Vera C. Rubin vá registrar dados sobre 40 bilhões de estrelas e galáxias ao longo do projeto. Com esse nível de detalhamento e constância, as descobertas prometem transformar radicalmente nosso entendimento sobre o universo.
As primeiras imagens feitas pela maior câmera do universo são apenas um aperitivo do que está por vir. O céu nunca esteve tão ao nosso alcance.
Fonte: Super
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