Trabalho prisional em Santa Catarina

Compartilhe ->

Santa Catarina se destaca nacionalmente quando o assunto é trabalho prisional. Com mais de 8.400 detentos ocupados e a meta de atingir 14.800 até o fim do ano, o Estado já possui uma das maiores taxas de ocupação laboral do país dentro do sistema prisional.

Como funciona o trabalho nos presídios catarinenses?

Atualmente, cerca de 34% dos 24.700 presos em SC estão inseridos em atividades remuneradas, recebendo salário mínimo e tendo direito à remissão de pena — um dia a menos na sentença a cada três dias trabalhados.

A maioria das vagas é ofertada por empresas privadas, responsáveis por mais da metade das oportunidades. O restante vem de instituições públicas, como prefeituras, e de oficinas internas.

trabalho prisional

Benefícios para o Estado, presos e empresas

O trabalho prisional em Santa Catarina não só contribui para a ressocialização dos detentos, como também promove segurança e economia:

  • Redução da ociosidade nas unidades prisionais

  • Geração de renda para os apenados e suas famílias

  • Economia para o Estado com a remissão de pena

  • Ambientes prisionais mais tranquilos

  • Apoio ao desenvolvimento regional por meio da movimentação econômica

Além disso, empresas contratantes não pagam encargos trabalhistas e podem contar com uma mão de obra estável em um Estado com pleno emprego.

Parcerias que fazem a diferença

Mais de 200 empresas e instituições já aderiram ao modelo. Entre os destaques, estão:

  • Ogochi, do setor têxtil, com previsão de atuação em até quatro cidades

  • Grupo Berlanda, com atuação forte na Penitenciária de Curitibanos

  • Bella Arte, com produção de acessórios em três unidades prisionais

  • Porto Franco, que emprega detentos na Penitenciária Industrial de Blumenau

Essas empresas ajudam a movimentar a economia carcerária e geraram, em 2022, mais de R$ 140 milhões em receita, sendo R$ 31 milhões direcionados ao Fundo Rotativo — usado para melhorias nas unidades.

Desafios e soluções

Embora o modelo seja eficaz, ainda existem obstáculos, como mudanças legislativas e interrupções repentinas no trabalho dos presos. A instabilidade e os custos operacionais em algumas unidades exigem planejamento logístico por parte das empresas.

Felizmente, uma nova lei aprovada em 2023 voltou a isentar empresas de tarifas como água e energia, tornando o ambiente mais atrativo para novos investimentos.

Um exemplo para o Brasil

Com estratégias consolidadas e expansão planejada, o trabalho prisional em Santa Catarina é hoje uma das iniciativas mais bem-sucedidas do país no que diz respeito à reintegração social e ao fortalecimento do sistema penitenciário por meio do emprego.

Fonte: FIESC

Leia também 👉 Homem encena sequestro falso para passar Ano Novo com amante.

Você também pode gostar de:

Acidente Nuclear de Chernobyl: O Maior Desastre Atômico da História

O acidente nuclear de Chernobyl, ocorrido em 1986, é...

Como o ketchup virou o molho mais famoso do mundo

Como surgiu o ketchup (sem tomate!) A história do ketchup...

Como o urso de pelúcia se tornou o brinquedo mais amado do mundo

Quando se pensa em brinquedos clássicos, o urso de...

Por que a caneta esferográfica chinesa falhou

A China é famosa por sua capacidade industrial. Constrói...

Robôs estão mudando a experiência de estacionar

Robôs de estacionamento Hyundai: a revolução nas vagas apertadas Estacionar...

Documentário de animais estranhos que vai mudar sua visão sobre a natureza

Se você está cansado de ver leões caçando ou...