Quando se pensa em brinquedos clássicos, o urso de pelúcia logo vem à mente. Mas por que, entre tantos animais, justamente o urso se tornou o favorito das crianças (e adultos) ao redor do mundo?
A resposta passa por invenções, marketing e até política internacional. Prepare-se para descobrir uma história curiosa que envolve uma costureira alemã e um presidente dos Estados Unidos.
A origem do brinquedo: tudo começou com um alfineteiro
A história do urso de pelúcia tem início no século 19, na Alemanha. Margarete Steiff, fundadora da empresa Steiff, começou a criar animais de feltro em 1880. Seu primeiro sucesso? Um alfineteiro no formato de elefantinho, feito com lã compactada.
Com o tempo, Margarete decidiu transformar esses itens úteis em brinquedos. Ela produziu diversos bichos: macacos, papagaios, leões… e, claro, o urso.
O diferencial? Esses brinquedos eram mais resistentes e acessíveis do que as tradicionais bonecas de porcelana. Na década de 1890, a Steiff já vendia milhares de pelúcias anualmente, tanto na Alemanha quanto em outros países.
O papel de Theodore Roosevelt na fama do urso de pelúcia
Apesar do sucesso, o urso de pelúcia ainda não era o queridinho do público — até um episódio inusitado com o presidente americano Theodore Roosevelt, em 1902.
Durante uma caçada no Mississippi, a comitiva do presidente amarrou um urso ferido para que ele pudesse atirar. Roosevelt se recusou, dizendo que seria uma atitude cruel. O caso ganhou repercussão nacional, com charges em jornais como o Washington Post.
Uma dessas ilustrações mostrava o urso como um filhote dócil, preso a uma coleira. Essa imagem inspirou Morris Michtom, um comerciante de Nova York, a criar um brinquedo com o nome “Teddy’s Bear” – uma referência ao apelido do presidente.
De piada política a fenômeno mundial
Mesmo não gostando da brincadeira, Roosevelt usou o ursinho como símbolo de sua campanha de reeleição. E quando a Steiff entrou no mercado americano, não teve escolha: também passou a chamar seu brinquedo de teddy bear.
A aceitação não foi unânime. Parte da sociedade conservadora criticou o brinquedo, temendo que meninas abandonassem suas bonecas – e, por consequência, a ideia tradicional da maternidade. Mas o protesto não pegou.
Em 1907, a Steiff já vendia mais de um milhão de ursos de pelúcia por ano.
Um ícone cultural que nunca saiu de moda
Ao longo do século 20, o urso de pelúcia continuou a conquistar corações. Na década de 1920, inspirou os livros do Ursinho Pooh. Em 1957, apareceu em uma canção romântica de Elvis Presley.
Hoje, ele é mais do que um brinquedo: é símbolo de carinho, nostalgia e conforto emocional.
Conclusão: por que o urso de pelúcia é eterno?
O urso de pelúcia se tornou popular por acaso — mas permaneceu por escolha. Sua aparência acolhedora, aliada a um marketing bem-sucedido e histórias emocionantes, ajudou a eternizar esse brinquedo.
Mais do que um presente, o ursinho é parte da infância de milhões de pessoas ao redor do mundo.
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