Quando falamos sobre a origem do papa, é inevitável começar por São Pedro, também conhecido como Simão Pedro, um dos doze discípulos mais próximos de Jesus Cristo. Para a Igreja Católica, ele é considerado o primeiro papa da história, assumindo uma posição de liderança após a crucificação de Jesus, ainda no século I.
Apesar de naquela época não haver uma estrutura centralizada entre todas as comunidades cristãs, Pedro se destacou entre os apóstolos. Em diversas regiões, ele já era reconhecido como uma figura de autoridade espiritual, o que, segundo a tradição católica, teria sido uma vontade expressa do próprio Cristo.
Pedro e seus sucessores: a construção da autoridade papal
O teólogo Pedro Lima Vasconcellos, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), destaca que a liderança de Pedro foi tão marcante que, assim como os outros apóstolos foram substituídos por sucessores, o mesmo ocorreu com ele. É por essa razão que o papa é visto como o herdeiro direto da missão de Pedro, o que fundamenta a origem do papa dentro da estrutura católica.
Contudo, a resposta sobre quando o papado surgiu também depende da perspectiva. Se a análise incluir o aspecto político e institucional da autoridade papal, a discussão se estende até o século V, especialmente com o papel de Leão Magno, que consolidou o poder do papa em meio ao colapso do Império Romano.
O título “papa” e sua evolução histórica
Curiosamente, o termo “papa” vem do grego pappas, que significa “pai”. Durante muito tempo, esse título era atribuído a todos os bispos do Ocidente, e só no ano de 1073 ele passou a ser exclusivo do bispo de Roma — o líder supremo da Igreja Católica. Essa mudança foi instituída por ordem do papa Gregório VII.
Vale lembrar que o único bispo fora da Igreja Católica que ainda mantém o título é o patriarca de Alexandria, líder da Igreja Ortodoxa Grega.
Fonte: Superinteressante
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